terça-feira, 7 de dezembro de 2010

Aprendendo com Rispa!!!


A Rispa, era a filha de Aiá, pegou o pano de saco, e o estendeu para sobre uma penha, no princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu; ela não deixou nem uma ave do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite. Ler, IISM 21.10.

Rispa era uma mulher muito forte e de caráter firme e segura. Seu nome significa “pedra quente”. Filha de Aiá, seu nome vêm da mesma raiz da palavra “intocável”. Foi uma das mulheres do rei Saul e teve com ele dois filhos: Armoni e Mefibosete. Talvez por ser uma das esposas de Saul, Rispa e seus filhos se considerassem mesmo “intocáveis” ou cheios de proteção!!!

É bem verdade que, muitas mulheres pensam que, sua riqueza, ou até mesmo sua capacidade intelectual as colocam em um pedestal “intocável” quando isso não é verdade. Nós estamos sujeitas às inúmeras mudanças da vida. Todas são vulneráveis às tempestades e aos açoites dos vendavais que podem surgir inesperadamente em alguma curva do caminho da nossa vida... É nessas horas que o caráter se revela. Nosso interior torna-se exposto, como em uma vitrine em uma loja, quando somos assoladas pelas provações, e quem sabe, nas tragédias nas histórias do dia-dia.

Sabemos que houve três anos de fome em Israel. Foi um tempo difícil e de grandes perdas para o povo e nação. O rei Davi então consultou ao Senhor e veio a resposta divina: “Há culpa de sangue sobre Saul e sobre a sua casa, porque ele matou os gibeonitas.” (v.1b.) Davi chamou os gibeonitas e lhes perguntou: “O que quereis que eu vos faça? E que resgate vos darei, para que abençoeis a herança do Senhor?” E a sua resposta foi: “Não é por prata nem ouro que temos questão com Saul e com sua casa; nem tampouco pretendemos matar pessoa alguma em Israel. Agora, quanto ao homem que nos destruiu e, sem que pudéssemos subsistir em limite algum de Israel, de seus filhos, nos dê sete homens, para que os enforquemos ao Senhor, em Gibeá de Saul, o eleito do Senhor...” (v.3-6.). E ali estava Davi diante de uma dura e triste situação: de um lado o povo de Israel, sofrendo com a seca as conseqüências da desobediência de Saul e de outro lado a dor de mandar enforcar homens da sua própria família, ele era genro de Saul... Saul não respeitara a aliança feita por Josué aos gibeonitas (Js 9.15, 20-21). Quando Canaã fora conquistada pelo exército de Israel, os moradores de Gibson vieram a Josué e, fingindo vir de uma terra muito distante, e pediram-lhe que fizesse aliança e que conservariam a vida e seria um povo amigo. Josué não consultou ao Senhor, por julgá-la de pouca importância (meu pensamento); e firmou aliança de proteção. Foi então que descobriu que eles eram moradores de Canaã e estavam na lista de Deus como povos para serem destruídos; só que era tarde demais, a aliança tinha sido firmado, não podendo voltar atrás... “Muitas pessoas firmam impensadamente alianças sérias em suas vidas: casamentos, sociedades... E depois é que vão refletir sobre o que fizeram. Então é tarde. As alianças são registradas diante do Senhor”. Elas têm um peso de responsabilidade e compromisso. Não podem ser desfeitas de maneira leviana... São por isso, queridas irmãs, pensem muito bem antes de casarem. E pense muito bem antes de romper seu casamento. Pense muito, muito antes de fazer uma sociedade com alguém mesmo que seja família. Não fique somente no pensar, mas ore ao Senhor a respeito de uma decisão como essas. Ouça a voz do Senhor e não caia nas armadilhas do diabo, para, mais tarde, não se arrepender, e chorar tarde de mais. Davi teve que fazer uma escolha, sete homens de sua família para serem enforcados, para que a chuva pudesse novamente cair sobre a terra de Israel, que chuva triste. E fez Davi a escolha, cinco filhos de Merabe, netos de Saul, e os dois filhos de Rispa, sua concumbina... Seus corpos foram esquecidos pelos seus executores; foram deixados no madeiro, ao relento... Mas Rispa, a mãe de Armoni e Mefibosete, “tomou um pano de saco e o estendeu para si sobre uma penha, desde o princípio da ceifa, até que sobre eles caiu água do céu” (v.10). Rispa assistiu o milagre da chuva caindo do céu e dos seus olhos, após a execução do castigo conseqüente da ira irrefletida de Saul e de seu “zelo” pelo Senhor, levado a efeito fora da sua suprema vontade. Rispa pôde ver o valor de uma aliança feita diante de Deus... As conseqüências do rompimento de uma palavra empenhada. Ela, que era a “pedra quente”, firme como uma rocha colocou pano de saco sobre a penha em frente aos cadáveres de seus filhos e os ficou guardando de dia e de noite; “e não deixou as aves do céu pousar sobre eles de dia, nem os animais do campo de noite.” (v.10.) Ao colocar ali um pano de saco e não um tapete “persa”, ou uma almofada confortável, percebe-se a dor de Rispa; sua humilhação diante de Deus em favor de seus filhos. O “pano de saco”, na Bíblia, sempre teve o significado de arrependimento e humilhação diante do Senhor.

Será que podemos imaginar a dor dessa mãe-mulher diante dos corpos em decomposição, dia e noite? Podemos imaginar o que se passava na sua cabeça, em seu coração de mãe? Muitas lágrimas rolaram de seu rosto e o desejo de vê-los com um sepultamento digno, pelo menos? Rispa ficou sozinha em seu posto. Espantando as aves de dia e as feras de noite. Não tinha medo; e se teve sua tristeza era maior. Não saía de sua “torre de vigia”, mas esperava que o rei se compadecesse e desse um sepultamento digno e nobre aos seus filhos. Foi muitos dias que ela ficou ali, passaram-se mais de dois meses, e isto foi dito a Davi. Ele então “tomou os ossos de Saul e os ossos de Jônatas... e também os ossos dos enforcados... Enterraram... Na terra de Benjamim... E depois disto, Deus tornou-se favorável para com a terra” (v.12-14). Enquanto Davi não honrou aos que morreram pelo pecado de outro, não houve o favor, a bênção de Deus sobre a terra. E foi Rispa quem fez a mão do rei Davi trazer a bênção novamente sobre Israel. E assim acaba a história de uma mulher nobre (para mim) em atitude.

E sabemos que, Ah! Muitas mães iguais à Rispa chorando por causa dos seus filhos que estão mortos em seus próprios pecados... Mães que colocam “panos de saco” sobre a “Rocha”, que simboliza a Palavra de Deus e suas promessas, e vigiam seus filhos “mortos”, filhos nas drogas, vícios, prostituição, homossexualismo, depravações da imoralidade, e nas extravagantes seitas... Exalando o cheiro de muito pecado; decompondo-se dia-a-dia na podridão do mundo... Mães que oram, choram crendo no impossível; que Deus irá ressuscitar seus filhos e que lhes darão uma nova oportunidade e maravilhosa vida no Senhor. Elas crêem que seus filhos receberão o “toque” de uma vida no Espírito Santo, aleluia, glória Deus! E, por isso, elas não se cansam dia e noite de vigiar... E orar... E crer... Até que o “Rei” olhe para elas, tendo misericórdia fazendo cessar suas dores....

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